LIBERDADE, AMOR E MÚSICA

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Carbono


"Ninguém é de ferro e muito menos de aço" dizia a si mesma. Já fazia algum tempo que ela precisava extravasar o que incomodava seu coração. Como uma pessoa reservada que não gosta de incomodar ninguém, buscava desabafar os seus incômodos acumulado por meio de palavras e pensamentos soltos. Talvez ali encontrasse conforto e refúgio para conversar, ver o que realmente precisava ser mudado. O mês parecia longo, mal sabia que o próximo mês a esperava, mas ela precisava que aqueles dias tivessem fim. No silêncio da sala escura e fria, via-se diante de soluços calados, internos e murmuração escondido. Entristecida ao notar o fato pensa mais uma vez consigo: O que falta?. Pensou, pensou e pensou muitas vezes. Refletiu e olhou para si como há tempos não olhava, lembrou-se de alguns conselhos que recebeu da vida. Logo saiu daquela sala fria e escura, dirigiu-se até a porta principal e viu o céu cinza na Cia das gotas de chuva. Ficou no canto para não molhar-se e observou em sua volta o que tinha de precioso: O brilho. Não era um brilho qualquer, era algo que não poderia expressar em palavras ou naqueles textos, desses de poesia e crônica. Esse brilho vinha de dentro como olhasse nitidamente o reflexo da imagem projetada no espelho, aquele rosto amigável, que por hora, triste. Então, algo disse em suas entrelinhas: É só hoje e isso passa. Amanhã o céu estará de novo  vivendo a sua temporada  de chuva.  A questão é: Seguir sempre em frente e ser forte em tempo de solidão.

[De Assis] 

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